Do aumento dos desempregados inscritos nos centros de emprego ao regresso ao défice, no ano passado, conheça os indicadores mais recentes da economia portuguesa.

29/03/2021

Os últimos dias foram 'ricos' em indicadores económicos que permitem já perceber como está a economia portuguesa a reagir à pandemia. Além disso, indicadores preliminares do ano passado mostram já os efeitos da Covid-19 nas contas públicas. 

  1. Número de desempregados inscritos nos centros de emprego sobe 36,8% em fevereiro

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 36,8% em fevereiro em termos homólogos para 431.843 desempregados e 1,8% face a janeiro, segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

A nível regional, no mês de fevereiro, o desemprego registado aumentou em todas as regiões do país. Dos aumentos homólogos, sinaliza, o mais pronunciado deu-se na região do Algarve (com mais 74,4%), seguido de Lisboa e Vale do Tejo (com mais 52,9%) e da região da Madeira, com mais 30,4%.

  1. Terceira vaga agrava défice em 2.504 milhões até fevereiro

O défice das administrações públicas em Portugal foi de 1.153 milhões de euros até fevereiro, um agravamento de 2.504 milhões face ao mesmo período do ano passado, divulgou o Ministério das Finanças.

O Ministério liderado por João Leão acrescenta que "a degradação do défice traduz a significativa contração da receita (-11,8%) e o forte crescimento da despesa primária (+6,9%)", reflexo dos impactos negativos na economia e das medidas de apoio no âmbito da pandemia.

  1. Total de beneficiários de RSI aumentou em quase três mil no último mês

O total de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) aumentou em quase três mil prestações no último mês, para as 214.239 pessoas e famílias apoiadas, de acordo com as estatísticas oficiais da Segurança Social.

Os 214.239 beneficiários de fevereiro representam um crescimento em comparação com janeiro, quando foram pagas 211.398 prestações de RSI.

  1. Endividamento da economia arranca o ano nos 743,7 mil milhões

O endividamento da economia diminuiu no arranque de 2021. De acordo com o Banco de Portugal (BdP), o endividamento do setor não financeiro situou-se em 743,7 mil milhões de euros em janeiro, face ao recorde de 745.777 milhões verificado em dezembro de 2020. 

  1. Portugal fecha 2020 com défice de 5,7% do PIB

Depois do primeiro excedente em democracia, em 2019, Portugal voltou ao défice no ano passado. A primeira estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada na sexta-feira, aponta para um défice de 5,7% no final do ano passado. 

O ministro das Finanças disse ainda que a pandemia vai implicar revisão do crescimento da economia este ano e louvou empresários, trabalhadores e famílias pela "resiliência admirável", que contribuiu para um défice menor que esperado.

 

In noticiasaominuto.com | 29 de Março 2021